sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ELE SE FINGE DE MORTO PARA COMER O C* DO COVEIRO (PROVÉRBIOS DA TERRA)

Lupi tenta retomar agenda e foge de perguntas sobre crise


Ministro do Trabalho participou da divulgação de dados sobre o emprego no país. E o mau resultado de outubro não aliviou a situação do titular da pasta

Gabriel Castro
Tentando manter a aparência de normalidade no Ministério do Trabalho, Carlos Lupi participou nesta sexta-feira da divulgação dos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged). O ministro se recusou a responder perguntas sobre a crise política em que está submerso desde que VEJA revelou a sequência de irregularidades na pasta. "Hoje eu só falo sobre Caged", disse o pedetista à imprensa, em entrevista coletiva. A tática de fingir que a crise passou é a mesma usada pelo ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, na véspera de sua demissão.
Lupi respondeu apenas a uma pergunta sobre o escândalo de corrupção: disse que deve enviar até terça-feira ao Senado as cópias dos convênios do ministério com a Pró-Cerrado, entidade presidida por Adair Meira - que, como VEJA mostrou, não só pagou um jatinho usado pelo ministro em viagem pelo Maranhão como acompanhou Lupi no trajeto. As informações foram pedidas pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
Ciente de que a crise está longe de passar, o próprio ministério reservou um amplo auditório para receber o grande número de jornalistas interessados nas declarações de Lupi. Normalmente, os dados do Caged são anunciados numa sala menor, no próprio gabinete do minsitro.
Dados - Para piorar a situação do comandante do Trabalho, o ritmo de geração de empregos desacelerou. Em outubro, foram criadas 126.000 vagas formais - uma redução de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. A culpa, segundo Lupi, é da crise financeira internacional, que começa a influenciar a indústria brasileira.
No início do ano, Lupi apostava que o país fecharia 2011 com um saldo positivo de 3 milhões de empregos. Depois, baixou a previsão para 2,7 milhões. Agora, admite que a meta não deve ser cumprida: "Estou achando, pelo andar da carruagem, que vai ser difícil atingir essa avaliação".



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