quarta-feira, 23 de novembro de 2011

INVESTIMENTOS PRODUTIVOSS ESTRANGEIROS CRESCE - SÓ EMPRESAS NACIONAIS SE OMITEM

Investimento produtivo no Brasil chega a US$ 56 bi e bate recorde

Apesar da crise, investidores estrangeiros seguem confiantes no país

MARIANA SCHREIBER - FSP
O Brasil continua atraindo um volume expressivo de investimentos produtivos estrangeiros, apesar da instabilidade do cenário externo.
O IED (Investimento Estrangeiro Direto) somou em outubro US$ 5,6 bilhões, atingindo o valor recorde de US$ 56 bilhões no ano.
Segundo economistas, isso revela que os investidores estão confiantes no potencial de longo prazo do país.
Outro sinal dessa maior confiança foi a elevação da nota do Brasil pela a agência de risco Standard & Poor's na semana passada. O aumento da nota indica que o investimento no país está sendo considerado mais seguro.
Na avaliação de economistas, isso deve atrair mais recursos para o Brasil, podendo provocar nova queda do dólar tão logo passe o pior da crise europeia. Ontem a moeda fechou em R$ 1,807, alta de 17,5% ante final de julho.
Mas o Brasil não está imune à turbulência. A incerteza global mantém fraco o investimento estrangeiro em ações e títulos públicos.
Segundo o economista da consultoria Tendências Silvio Campos Neto, as decisões de investimento de longo prazo são menos afetadas por questões conjunturais.
"Quando uma empresa decide construir uma fábrica ou comprar uma empresa no país, está visando os próximos dez, vinte anos", observa.
A expectativa dos economistas é que a entrada de investimento produtivo seguirá forte em 2012, sendo suficiente para cobrir a saída de dólares por outros canais, como remessa de lucros de multinacionais para as matrizes lá fora e gastos de turistas brasileiros no exterior.
Esse fluxo de saída, aliás, perdeu fôlego. A alta do dólar reduziu o gasto com viagens no exterior pelo terceiro mês, para US$ 1,2 bilhão.
Já a remessa de lucros de multinacionais estrangeiras para suas matrizes caiu para US$ 1,4 bilhão em outubro.
As empresas aguardavam um estabilização do câmbio para enviar os recursos ao exterior, acredita Neto. Isso ocorreu em novembro, e as remessas no mês já somavam US$ 3,3 bilhões até ontem.

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