sexta-feira, 4 de novembro de 2011

MACONHEIROS DA USP: A FESTA DO FUMO ESTÁ ACABANDO!

Manifestantes da USP têm até 17h de sábado para sair da reitoria


Débora Melo - FSP
Os manifestantes que invadiram a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) têm até as 17h de sábado para sair do prédio. A notificação judicial para reintegração de posse foi entregue na Cidade Universitária na tarde desta sexta-feira (4).
O oficial de Justiça Valdemir Aparecido Maciel entregou a reintegração de posse e uma intimação para uma reunião de conciliação, para amanhã, às 10h, no Fórum Eli Lopes. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti pede que sejam nomeados dois representantes dos estudantes para esse encontro.
Os manifestantes não assinaram os documentos levados pelo oficial. "Eles têm o direito de não assinar, mas a partir do momento em que eu li a notificação, eles estão oficialmente notificados", afirmou Maciel.
Segundo Rafael Padial, 24, estudante de Letras que apoia o movimento, "os estudantes da ocupação não se consideram notificados" porque os manifestantes estariam todos dentro do prédio. "Ele [o oficial] leu o documento do lado de fora para quem está apenas apoiando. É como se ele tivesse lido para vocês [jornalistas]", disse.
Ver em tamanho maiorVeja fotos da reitoria da USP invadidaFoto 30 de 55 - 4.nov.2011 - O prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista, permanece ocupado por estudantes nesta sexta-feira (4). A Justiça concedeu na quinta (3) uma liminar determinando a desocupação da reitoria da USP e a reintegração de posse em um prazo de 24 horas, contado desde o início da noite de quinta Mais Rodrigo Paiva/UOLNa manhã desta sexta, um grupo de estudantes se reuniu com a reitoria, mas o encontro terminou sem acordo. A intenção era que o grupo que está na reitoria saísse do prédio antes mesmo da oficialização da decisão da Justiça.
Segundo Rafael Alves, estudante de Letras, "a ocupação vai continuar". Ele, que foi um dos seis estudantes a participar da reunião, disse: "Enquanto o convênio com a PM continuar e a gente não tiver nenhuma assembleia que delibere o contrário, os estudantes continuam na ocupação".
Questionado se eles estavam preparados para uma eventual investida da PM, ele respondeu que não estão "armados com absolutamente nada".
PM pode ser acionada
A USP não descarta o uso da PM para fazer cumprir a reintegração de posse da reitoria, ocupada desde a madrugada do dia 2 de novembro. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a "preferência é [que seja resolvida a saída] na base do diálogo".
Após a Justiça ter concedido a reintegração de posse da reitoria da USP, a PM já está preparada para o caso de ser acionada pela administração da instituição. A tropa de choque é "uma das opções" no planejamento e "já preparada e de prontidão caso seja necessário o emprego dela", segundo coronel Marcos Chaves, comandante do CPC (Comando de Policiamento da Capital) em entrevista à rádio Estadão ESPN na manhã desta sexta.
Segundo o comandante, a expectativa é de que os estudantes façam uma "desocupação pacífica". Ele disse ainda que, apesar de a PM estar preparada, não acredita que seja necessário o uso da força para fazer valer a decisão judicial.
Questionado se a situação não era mais delicada pelo fato de os manifestantes serem contra a presença da PM no campus, ele disse que a reintegração será como as outras a que a polícia está acostumada.
No entanto, ele pondera que pode haver "necessidade desses alunos que se aparecerem diante da mídia e reverterem um quadro desfavorável para eles". Mas ele argumenta que os policiais já estão orientados para que "consigam manter a calma durante a reintegração". A rotina da PM na USP está mantida e o patrulhamento está normal dentro da universidade, segundo o comandante.

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