terça-feira, 8 de novembro de 2011

PDT - Partido Dos Trapaceiros

Maioria do PDT ameaça deixar a base se Lupi cair; ‘Só saio à bala’, desafia ele


Em reunião inicialmente tensa com parlamentares, ministro se explica e consegue apoio, apesar de 3 integrantes terem pedido apuração de denúncias e até afastamento

João Domingos/Tânia Monteiro - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Na véspera da votação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), a maioria da bancada do PDT emparedou a presidente Dilma Rousseff e anunciou que, se o ministro Carlos Lupi (Trabalho) for demitido, a legenda sai da base do governo. "Caso o ministro Lupi saia, o PDT também sai do governo", afirmou o líder do partido na Câmara, Giovanni Queiroz (PA). A manifestação da liderança ocorreu um dia após alguns integrantes do PDT terem pedido que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal investiguem suposto esquema de corrupção no ministério.
Lupi na reunião da Executiva do PDT em que deu explicações sobre os convênios de sua pastaLupi vem enfrentando uma série de denúncias sobre a assinatura de convênios da pasta com ONGs de fachada e cobrança de propinas dessas entidades.
Na terça-feira, 8, o ministro foi provocativo ao falar de sua permanência no governo. "Para me tirar só abatido à bala - e precisa ser bala forte, porque eu sou pesadão." Lupi foi além e disse que não deixará o cargo nem na futura reforma ministerial. "Duvido que a Dilma me tire. Ela me conhece há 30 anos", disse ele, logo depois de uma reunião com a bancada de parlamentares do PDT em que apresentou suas defesas a respeito dos convênios.
O PDT aproveitou-se do momento delicado vivido pelo governo para dar o ultimato. O partido tem 26 deputados e cinco senadores. Para aprovar a DRU, o governo precisa de 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em duas votações em cada Casa. Os cálculos mais otimistas do governo são de que terá por volta de 328 votos na Câmara. Se perder os 26 do PDT, adeus DRU. A desvinculação permitirá ao governo gastar R$ 62 bilhões no ano que vem de forma livre.
No Palácio do Planalto a avaliação pela manhã era de que a situação do ministro era relativamente tranquila, visto que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que não havia nada contra ele. As denúncias, até agora, são consideradas frágeis, de acordo com o Planalto.
Mas as declarações de Lupi surpreenderam o governo. Auxiliares de Dilma avaliaram que Lupi repete o ex-ministro Nelson Jobim (Defesa), que caiu por causa de afirmações tidas como sinal de desobediência.
Tensão. A reunião de Lupi com os parlamentares começou tensa, mas foi mudando com o passar do tempo. O ministro comunicou ao deputado Antonio Reguffe (DF) e ao senador Pedro Taques (MT) que aceitava o fato de eles - juntamente com o deputado Miro Teixeira (RJ) - terem ido à Procuradoria-Geral da República pedir investigação das denúncias contra ele por considerar que o PDT é um partido democrático, com pluralidade de ideias. Mas, segundo Lupi, os parlamentares agiram com atraso, porque ele mesmo já pedira antes a apuração das denúncias, também ao procurador-geral.


Do Blog:
O Molusco Etílico e a Zagueirão montaram um cartel de bandidos, trapaceiros, corruptos, ladrões que deixou o cartel de Cali  e as FARC (Colômbia) no chinelo.  VIVA O PT!    


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