segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SERÁ QUE AGORA SAI?

Tucanos selam pacto por candidatura própria


Pré-candidatos conseguem compromisso de Alckmin que serão cabeça de chapa, mas não marcam prévias; aliança com Kassab fica mais distante

FAUSTO MACEDO - O Estado de S.Paulo
O PSDB decidiu ontem, após duas horas de reunião entre o governador Geraldo Alckmin e os quatro pré-candidatos da sigla, duas medidas importantes para a disputa à Prefeitura de São Paulo: terá candidato próprio e vai realizar prévias para escolher o nome que disputará a cadeira de Gilberto Kassab (PSD). "É natural que o PSDB queira aliança tendo a cabeça de chapa pela sua força e pela sua presença em São Paulo", afirmou Alckmin.
"Teremos candidato do PSDB, o candidato será forte", disse o governador. "Vamos sim buscar aliança, que nos fez vitoriosos aqui em São Paulo por 16 anos. Sinto enorme ânimo, entusiasmo. Foi uma reunião da unidade, da participação. Temos um desafio pela frente que é a realização das prévias."
O encontro dos tucanos ocorreu na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Alckmin recebeu o deputado federal Ricardo Trípoli e três de seus secretários, José Aníbal (Energia), Andréa Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas (Meio Ambiente).
O governador prega maior envolvimento das bases no processo e deu a receita para seu partido não malograr em 2012. "Temos que avançar na questão política, na participação interna do partido, valorizar o partido num País que tem cultura de personalismo. Valorizar nas prévias a participação da sociedade, discutir São Paulo, trazer a sociedade civil para esse debate."
Eventual candidatura do ex-governador José Serra não está afastada. Alckmin declarou: "O Serra está envolvido nesse processo, é um defensor das prévias, é uma liderança extremamente importante. O Serra disse que não é candidato a prefeito e que defende as prévias. Amanhã, vir a ser (candidato) é um fato novo que o partido vai discutir."
O governador emendou. "Hoje temos quatro fortes pré-candidatos que vão mobilizar a sociedade civil, dar um exemplo de democracia interna. Quem for escolhido terá mais legitimidade para buscar apoios, para fazer alianças. Estamos dando um exemplo num País que não tem cultura de partido político".

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