sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UNESCO SEM VERBA DOS EUA = PORRA NENHUMA

Sem verba dos EUA, Unesco congela programas

Governo americano suspendeu repasse em reação à admissão da Palestina pela agência

MARCELO NINIO - DE JERUSALÉM
O corte do apoio financeiro dos EUA forçará a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) a congelar seus programas até o fim do ano.
A diretora-geral da agência, Irina Bokova, comunicou aos países membros que terá de tomar "medidas drásticas" sem os fundos americanos.
Os EUA cortaram o aporte de US$ 65 milhões (R$ 115 milhões), que representa 22% do orçamento da agência, em resposta à aprovação da entrada da Palestina como membro pleno da Unesco.
"Suspendi a execução de nossos programas durante o processo de revisão [do orçamento], até o fim do ano", anunciou Bokova.
No fim de outubro, a Unesco tornou-se a primeira agência da ONU a aceitar a Palestina como membro pleno, com o voto favorável de Brasil e outros 106 países.
A decisão acionou uma lei dos EUA que proíbe o financiamento de agências da ONU que reconheçam a Palestina como Estado-membro. Israel também decidiu cortar sua contribuição à agência.
Bokova disse que espera economizar US$ 35 milhões (R$ 62 milhões) dos cofres da Unesco com a revisão do orçamento, mas alertou que isso não será suficiente.
Ela apelou aos demais membros que aumentem suas contribuições para compensar o corte americano. A parcela anual do Brasil é de US$ 5 milhões (R$ 8,8 mi).
Se na Unesco os palestinos tiveram uma vitória, sua aposta principal, o pedido de adesão plena à ONU, deve sofrer um golpe hoje.
Relatório do CS (Conselho de Segurança) dirá que os palestinos têm 8 dos 15 votos, um a menos do que precisam. Segundo o "Financial Times", os países que apoiam a Palestina no CS são Rússia, China, Brasil, Índia, África do Sul, Líbano, Nigéria e Gabão.
Os EUA devem ser o único voto contra, enquanto França, Reino Unido, Alemanha, Portugal, Colômbia e Bósnia irão se abster.
Se a votação se confirmar, restará ir à Assembleia Geral, que pode conceder à Palestina o status de Estado observador, como o do Vaticano.

Do Blog:
A Unesco poderia pedir dinheiro para Cuba, Rússia, Irã, Venezuela, Jordânia, Bolívia, Brasil ou para alguma Ong brasileira.
Ou para o Hamas e a tal da Irmandade Muçulmana.

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