quinta-feira, 3 de novembro de 2011

USP: VAGABUNDOS MACONHEIROS, ALÉM DE COVARDES SÃO FASCISTAS

USP vai pedir reintegração de posse do prédio da reitoria 

Carlos Lordelo, do Estadão.edu

A reitoria da USP vai pedir na Justiça, nesta quinta-feira, a reintegração de posse do prédio da administração central da universidade. O edifício, no câmpus da zona oeste, foi invadido por um grupo de estudantes na madrugada desta quarta. Até as 22h47, os ocupantes não haviam se manifestado sobre a decisão da USP por meio de seus canais de comunicação: Twitter e blog.
Segundo nota da Assessoria de Imprensa da USP, a decisão foi tomada esta noite, em reunião extraordinária da comissão permanente de negociação que terminou às 21h45 (horário de Brasília). Fazem parte da comissão o chefe de gabinete da reitoria, o procurador geral da USP e os superintendentes de relações institucionais e assistência social.
“Importante destacar que, por dever legal, o gestor público tem obrigação de pedir a reintegração de posse do imóvel invadido”, afirma a nota da assessoria. “O deferimento da reintegração deverá ser analisado pelo juiz.”
No entanto, a reitoria espera que o impasse seja resolvido antes da atuação da Polícia Militar, que será acionada para cumprir a ordem judicial.
Invasão
O prédio foi invadido e ocupado por alunos derrotados na assembleia de terça à noite que decidiu pela desocupação da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), tomado na madrugada da última sexta-feira em protesto contra a abordagem da PM que flagrou três estudantes de Geografia com maconha.
Cerca de cem pessoas ocuparam a reitoria. O grupo pede a saída da PM da Cidade Universitária e a revogação de processos administrativos contra alunos, professores e funcionários.

Parte dos alunos já responde a processos
FSP

Os alunos que invadiram a reitoria pedem, além da saída da PM do campus, a extinção de processos administrativos em apuração. Hoje há 20 processos contra alunos na reitoria -além dos abertos nas faculdades.
Desses, quatro são contra alunos que invadiram a reitoria em 2007, 13 referem-se à invasão da Coseas (coordenadoria de assistência social) no ano passado e três pessoas estão sendo julgadas por agressão no campus. Os processos podem levar a punições que vão desde advertência até a expulsão da universidade. Ao menos nos últimos dez anos, não houve nenhum caso de expulsão de aluno da USP.
Entre os que invadiram a reitoria ontem, há pessoas que já tinham participado da invasão de 2007 e que sofrem esses processos, em fase de coleta de depoimentos. Eles são principalmente de três grupos: o Movimento Negação da Negação (MNN), a Liga Estratégia Revolucionária (LER) e o Partido da Causa Operária (PCO).
Os três seguem a linha trotskista, consideram o PT "traidor" e também são contra o PSOL e PSTU. Eles são mais isolados de outros movimentos estudantis e considerados pelos adversários "autoritários" e "antidemocráticos". Durante a assembleia, promoveram vaias e gritos de guerra.
Os invasores estão sujeitos a processos administrativos, caso sejam identificados.

Nenhum comentário: