quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Lil EDC
(Texas Black Rifle Co.)
Lil EDC: Texas Black Rifle Co.

Chris LeDoux-This Cowboy's Hat



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Detroit Blues Band - Tears From My Eyes


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“ Fluffy erotic pictures!
”
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1964 Fender Stratocaster

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Poland just doesn’t give a fuck
http://i.imgur.com/BWkmx5K.jpg
Poland just doesn’t give a fuck
“Every record has been destroyed, every book rewritten, every statue and street building has been renamed, every date has been altered. And the process is continuing day by day and minute by minute. History has stopped. Nothing exists except an...
rightsmarts:
“Antifa
http://i.imgur.com/w4eMIcj.png
”
via /rightsmarts
stateofdecline79:
“usa1776:
“gop-tea-pub:
“ Cowardly, sanctimonious, cheese-eating surrender monkeys.
https://www.newsbusters.org/blogs/culture/corinne-weaver/2017/08/30/charlie-hebdo-cover-mocks-texas-victims-drowning-nazis
”
I guess they’re ready...
Can I just say
mygenderissushi
THAT THESE
ARE NOT CHARACTERISTICS OF A GIRL
PRESENTATION DOES NOT EQUAL GENDER IDENTITY
LET MEN BE “FEMININE”
LET MEN BE BEAUTIFUL
LET MEN BE MEN
trumpshow85
This is why we are fucked if there’s another draft anytime soon, way too many weak, pathetic men in America thanks to Obama normalizing these abominations.
Trump Pledges $1 Million Of Personal Money To Harvey Relief
Alex Pfeiffer - The Daily Caller
White House spokeswoman Sarah Huckabee Sanders announced Thursday that President Donald Trump will personally give $1 million to the Hurricane Harvey relief effort. Sanders said that Trump told her he will personally give the money to help those affected by the storm and claimed the president told her he asked her to see if journalists in the White House press briefing room will also be giving to relief efforts.
A car dealership is covered by Hurricane Harvey floodwaters near Houston, Texas August 29, 2017. REUTERS/Rick WilkingA car dealership is covered by Hurricane Harvey floodwaters near Houston, Texas August 29, 2017. REUTERS/Rick WilkingA fire burns at the flooded plant of French chemical maker Arkema SA in Crosby, Texas, U.S. August 31, 2017. REUTERS/Adrees LatifA fire burns at the flooded plant of French chemical maker Arkema SA in Crosby, Texas, U.S. August 31, 2017. REUTERS/Adrees Latif
The announcement comes on the heels of a request from the Trump campaign for Americans to donate to several charities. These organizations were: American Red CrossThe Salvation ArmyThe United Way,  The SPCA of TexasThe SPCA of Louisiana,  The Houston Humane Society, and The Louisiana Humane Society.
CITAÇÕES ELUCIDATIVAS
Olavo de Carvalho
O comunismo pelos comunistas e pelos não comunistasComo todos os maiores jornais, revistas, canais de TV e universidades deste país acham uma questão de honra não só tratar os comunistas como pessoas de bem, mas insistem sempre em contratar algumas dúzias deles, pagando-lhes altos salários para que adornem o comunismo e sua história com as cores das mais altas virtudes morais e teologais, julguei oportuno reproduzir aqui algumas declarações típicas do pensamento comunista, para que os leitores que ainda o ignoram saibam, afinal, do que se trata:
"Precisamos odiar. O ódio é a base do comunismo. As crianças devem ser ensinadas a odiar seus pais se eles não são comunistas." (V. I. Lênin)
"Somos favoráveis ao terror organizado – isto deve ser admitido francamente." (V. I. Lênin)
"O comunismo não é amor. É o martelo com que esmagamos nossos inimigos." (Mao Dzedong)
"O ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona o revolucionário para além das limitações naturais do ser humano e o converte em uma efetiva, seletiva e fria máquina de matar: nossos soldados têm de ser assim." (Che Guevara)
"Até agora os camponeses não foram mobilizados, mas, através do terrorismo e da intimidação, nós os conquistaremos." (Che Guevara)
"Aos slogans sentimentalistas da fraternidade, opomos aquele ódio aos russos, que é a principal paixão revolucionária dos alemães. Só conseguiremos garantir a Revolução mediante a mais firme campanha de terror contra os povos eslavos." (Friedrich Engels)
"A principal missão dos outros povos (exceto os alemães, os húngaros e os poloneses) é perecer no Holocausto revolucionário... Esse lixo étnico continuará sendo, até o seu completo extermínio ou desnacionalização, o mais fanático portador da contra-revolução." (Karl Marx)

Diante dos feitos dessas criaturas, nem todos os observadores tiraram conclusões simpáticas como aquelas que são diariamente repassadas ao nosso público como verdades de Evangelho pelo establishment jornalístico e educacional. Vejam aqui alguns exemplos:
"Se o que há de lixo moral e mental em todos os cérebros pudesse ser varrido e reunido, e com ele se formar uma figura gigantesca, tal seria a figura do comunismo, inimigo supremo da liberdade e da humanidade." (Fernando Pessoa)
"Um comunista é como um crocodilo: quando ele abre a boca, você não sabe se ele está sorrindo ou preparando-se para devorar você." (Winston S. Churchill)
"Ninguém pode ser comunista e preservar um pingo de integridade pessoal." (Milovan Djilas)
"Comunismo é barbárie." (James Russell Lowell)
"Eles (os comunistas) não precisavam refutar argumentos adversos: preferiam métodos que terminavam antes em morte do que em persuasão, que espalhavam antes o terror do que a convicção." (Hannah Arendt)
"A política gnóstica (nazismo e comunismo) é autodestrutiva na medida em que seu desrespeito pela estrutura da realidade leva à guerra contínua: o sistema de guerras em cadeia só pode terminar de duas maneiras: ou resultará em horríveis destruições físicas e concomitantes mudanças revolucionárias da ordem social, ou, com a natural sucessão de gerações, levará ao abandono do sonho gnóstico antes que o pior tenha acontecido." (Eric Voegelin)
"No meu estudo das sociedades comunistas, cheguei à conclusão de que o propósito da propaganda comunista não era persuadir, nem convencer, nem informar, mas humilhar e, para isso, quanto menos ela correspondesse à realidade, melhor. Quanto as pessoas são forçadas a ficar em silêncio enquanto ouvem as mais óbvias mentiras, ou, pior ainda, quando elas próprias são forçadas a repetir as mentiras, elas perdem de uma vez para sempre todo o seu senso de probidade... Uma sociedade de mentirosos castrados é fácil de controlar." (Theodore Dalrymple)
"Chegamos ao extremo limite dos horrores com o comunismo, o socialismo, o niilismo, deformidades horríveis da sociedade civil e quase a sua ruína." (Leão XIII)
"O comunismo destitui o homem da sua liberdade, rouba sua personalidade e dignidade e remove todas as travas morais que impedem as irrupções do instinto cego." (Pio XI)
SE O COMUNISMO CONSEGUIU MANTER NA MISÉRIA METADE DA ALEMANHA DURANTE 44 ANOS...
Percival Puggina. - puggina.org
 Os venezuelanos pedem socorro. Não, não são todos. Lá, como em quaisquer regimes totalitários, graças à fé doentia nas lideranças revolucionárias ou aos favores que recebe ou espera receber do Estado, parte considerável da população está alinhada com a ditadura. Os que a ela resistem se defrontam com as forças militares e com as milícias armadas pelo regime.
Pobre povo venezuelano! Foge pelas fronteiras e conta mortos nas ruas. Tudo se passou como se uma velha garrafa jogada do malecón habanero em meados do século passado, houvesse atravessado o Mar das Caraíbas, arribado no pedregoso litoral venezuelano e ali se quebrado, espargindo uma torrente de maldições semelhantes às que se abateram sobre Cuba. Sim, porque quase tudo na Venezuela segue o funesto ritual cubano: crescentes restrições às liberdades políticas, manipulações eleitorais, cerceamento da oposição e prisão de dissidentes, intervencionismo estatal, tabelamento de preços, sucateamento do parque produtivo, escassez. E, desde 2013, a versão bolivariana, eletrônica, da libreta de racionamento. Quando esta começou em Cuba, no ano de 1963, foi muito mal recebida pela população. Era uma forma de proporcionar, a um povo que empobreceu rapidamente após a revolução, alimento subsidiado em quantidades mínimas. Passados 54 anos, o Estado cubano continua se apropriando da totalidade da renda nacional e remunerando a população em servidão com salários mensais que apenas compram três quilos de leite em pó. A libreta se adelgaçou a menos da metade do conteúdo original, mas os cubanos reagem às propostas para extingui-la, porque "con la libreta nadie puede vivir, pero sin la libreta hay mucha gente que no puede vivir".
Diferentemente de Cuba, a Venezuela era rica, petroleira, membro da OPEP. O comunismo, que afundou a economia cubana em três anos, levou 17 para arruinar o país. Mas nada é impossível a esse ogro político-ideológico. Se o comunismo conseguiu manter na miséria metade da Alemanha durante 44 anos, não seria uma republiqueta bolivariana que haveria de resistir a seu poder de destruição.
Os venezuelanos estão famintos. Matéria da United Press International em fevereiro deste ano informou sobre uma pesquisa desenvolvida por três universidades venezuelanas (Universidade Central da Venezuela, Universidade Católica Andrés Bello e Universidade Simão Bolívar). Os resultados foram assustadores! Em meio à crise de alimentos e medicamentos, a população perde peso em proporções alarmantes. Um milhão de estudantes abandonaram a escola.
or quê? Blackouts, greves, fome. A renda de 82,8% dos venezuelanos os classifica como em estado de pobreza. O FMI estima que a inflação do país atingirá 1600% no corrente ano e a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe avalia uma redução de 4% no PIB nacional.
Matéria do El Nacional do dia 16 de agosto passado mostra que se repete na Venezuela um fenômeno generalizado no comunismo: até as vacas param de dar leite e a população apela para éguas e cabras. A falta desse produto agrava a mortalidade infantil por desnutrição e doenças digestivas.
Nesse cenário é impositivo perguntar: para onde se deve mover a sensibilidade de uma pessoa com senso de justiça e humanidade? Claramente, é o sofrimento da população que nos deve condoer. Em instância mais remota, será a ruína de um país vizinho e sua tragédia perante a história. Mas, para isso, é preciso ter senso de justiça e humanidade. Os dirigentes e militantes dos nossos partidos de esquerda (PT, PCdoB e PSOL) olham para a realidade venezuelana e, entre o sofrimento da população sob seu governo comunista, ficam com o governo, apoiando-o para que ponha mais lenha no braseiro do inferno que criou.
Márcia Tiburra e a ampliação forçada do termo “fascismo”
Olavo de Carvalho  - MSM
Segundo a sapientíssima Márcia Tiburra, o “fascista” nega ao seu adversário o direito de existir, ou pelo menos de ser ouvido. Mas há maneira mais brutal e eficiente de negar a alguém o direito de existir e de ser ouvido do que chamá-lo de “fascista”? Tão logo assim carimbado pelo crime hediondo de ser contra o aborto ou de não querer transexuais sambando no altar durante a missa, o cidadão se torna automaticamente culpado de todas as atrocidades cometidas pelos nazistas — e quem vai querer uma peste dessas falando do alto de uma cátedra universitária ou escrevendo em jornais respeitáveis como a Fôia e o Grobo?
*
A esquerda usa a mesma tática mil vezes, e, neste mundo de trouxas, continua funcionando: Inventa alguma exigência bem ofensiva ao senso comum — missa gay, direitos das galinhas, culto da Mãe Terra, abaixo Cristóvão Colombo — e, quando as pessoas comuns se ofendem, chama-as de racistas e fascistas. Assustadas, elas pedem desculpas e concordam com tudo só para provar que não são racistas e fascistas.
*
A ampliação forçada do significado do termo “fascismo”, destinada a aprisionar nele qualquer um que seja desagradável aos esquerdistas, levou meio século para se transmutar de pura fraude intelectual em ameaça totalitária presente e atuante. Mutatis mutandis, meio século decorreu para que as primeiras reações literárias ao golpe de 1964 se transformassem na completa reestruturação da estratégia esquerdista que acabou entregando o país nas mãos de uma quadrilha de larápios comunistas que o arruinaram.
Essas coisas são sempre assim. Idiotas que só acompanham a política pela mídia boicotam e inibem qualquer investigação mais séria das raízes profundas do poder e assim impedem que os males sejam curados antes de tornar-se catástrofes irreversíveis.
O ódio que essas criaturas sentem aos que compreenderam o processo antes deles é imensurável e insaciável. Elas fazem tudo para tirá-los do caminho e destrui-los, seja para usurpar o lugar deles, seja, simplesmente, para abafar o vexame que passaram.
Leiam (ou releiam) este meu artigo de 2012:
http://midiasemmascara.org/arquivos/visao-curta-e-visao-mais-curta/
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O ÚNICO — repito: ÚNICO — brasileiro que algum dia teve a sua existência negada ao ponto de se reduzir à condição de não-pessoa foi o Cabo Anselmo, e quem lhe impôs essa condenação foram os correligionários da Dra. Tiburra. Isso é ou não é uma confirmação da profecia de Winston Churchill, segundo a qual os fascistas do futuro se chamariam antifascistas?
*
Mais ainda: O ÚNICO jornalista brasileiro que foi banido de toda a grande mídia impressa fui eu mesmo. Portanto, eu SEI o que é negar a alguém o direito de existir. Dona Tiburra não sabe. Fala no vazio, só por boniteza. Nem percebe que está praticando o “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é.”
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No tempo da ditadura, NEM UM ÚNICO jornalista de esquerda foi banido de toda a mídia. Perdia um emprego, tinha outro no dia seguinte.
*
Como é lisonjeiro ter tantos odiadores e nenhum concorrente!
Brasil vai para a batalha do comércio exterior com a tropa dividida
Matias Spektor - FSP
A política brasileira de comércio exterior atingiu um patamar elevado de risco. Enquanto tenta emplacar acordos com vários países, ela embarca em difíceis contenciosos novos. O resultado terá enorme impacto redistributivo. Essa política comercial define quais setores brasileiros ganham ou perdem na economia global.
Diplomatas e analistas de comércio exterior –as duas carreiras de Estado dedicadas ao assunto– possuem talento e qualificação para brigar com a faca na boca nos cenários mais adversos. Só que a tropa, quando deveria estar mais unida, se encontra dividida.
A disputa por espaço entre Itamaraty e Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) é de longa data e independe dos ministros de plantão, pois a cisão entre as duas burocracias é estrutural: enquanto o Itamaraty é um instrumento a serviço da Presidência, o MDIC é uma caixa de ressonância dos interesses do setor privado. Um ministro deriva sua força do ouvido do Planalto; o outro, de sua capacidade de arbitrar grupos organizados em choque permanente.
Também há diferenças de cultura institucional. Se diplomatas possuem formação genérica e galgam às posições de comando depois de adquirir senioridade na carreira, os analistas de comércio exterior têm treinamento específico, experiência pregressa no setor privado e uma atitude pragmática em relação à hierarquia.
Em tese, bastaria ao governo dividir tarefas de acordo com a vantagem comparativa de cada instituição: o Itamaraty tocaria os contenciosos comerciais e o MDIC executaria o dia a dia da abertura de mercados. Ganho de eficiência para todos.
Não é assim, entretanto, que a banda toca. Quando o setor privado sugeriu ao governo um sistema para remover barreiras burocráticas às exportações e aos investimentos, sonhava em ter um mecanismo único para apontar gargalos e estabelecer prazos para superá-los. Três anos e muito quiproquó depois, Itamaraty e MDIC montaram sistemas próprios e separados. O contribuinte terminou pagando duas vezes por programas que, desconexos, não cumprem a função.
A disputa continua. Quando a rodada Doha fracassou, há dez anos, o Itamaraty trocou uma posição outrora proativa por outra, mais defensiva e protecionista. O MDIC, contudo, apostou na estratégia oposta. Emplacou vitórias com o Plano Nacional de Exportações, um modelo novo para acordos de investimento e o início de negociações ambiciosas com Japão, México, Peru e União Europeia. Para avançar, precisa da anuência do Itamaraty, que manteve controle sobre o ritmo da política comercial.
Enquanto não acabar essa fissura em nossas próprias fileiras, o Brasil continuará sendo o pior inimigo de si próprio. O ônus é debitado na conta da sociedade.
A segunda denúncia contra Temer
Lauro Jardim - O Globo
Jorge William
A segunda denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer será enviada ao STF na semana que vem. Pode seguir para o Supremo, inclusive, na sexta-feira (dia 8) depois do feriado.
O pedido ao STF incluirá a delação premiada de Lúcio Funaro, que deve ser homologada nos próximos dias.
Janot não quis deixar para fazê-lo em sua última semana como Procurador-Geral da República, que será daqui a duas semanas. Não achou adequado.
Não foi coincidência que a denúncia siga para o STF quando Temer estará fora do país.
PGR não pede fim do sigilo da delação de Funaro e relatos devem ficar em segredo após homologação
Painel - FSP 
A sete chaves Assim como fez em algumas das delações mais rumorosas da Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou a colaboração de Lúcio Funaro ao relator do caso no Supremo, o ministro Edson Fachin, sem pedir o fim do sigilo do acordo do doleiro. Por isso, as revelações de Funaro devem permanecer oficialmente em segredo mesmo após a provável homologação pelo STF. Trechos da peça serão usados para engordar a nova denúncia da PGR contra Michel Temer.
Costumes Pela tradição, o STF só levanta o sigilo de delações após a solicitação do Ministério Público. Em geral, as informações são preservadas para não prejudicar investigações em andamento.
Costumes 2 No caso de Funaro, Fachin não decidirá sobre o fim do segredo de Justiça sozinho. Tende a levar o caso ao plenário, por envolver o presidente da República.
Livro aberto A respeito das especulações sobre trechos da narrativa de Funaro que envolvem Michel Temer, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que o “presidente não recebeu recursos e nem tem contas no exterior”.
Livro aberto 2 “Os que quiserem procurar seus dados bancários devem consultar seu imposto de renda”, conclui a assessoria de Temer.
Enquete Parlamentares dizem que interlocutores de Janot sondaram deputados da base para medir a temperatura da Câmara antes da apresentação da segunda denúncia contra o presidente. Ouviram de um dirigente do centrão que, hoje, há forte insatisfação com o governo.
Tu o dizes Aliados do peemedebista têm disseminado texto da decisão que levou Funaro à prisão, em 2016. Janot sustentou que o operador “tem o crime como modus vivendi” e destacou que ele já havia feito delação mas “prosseguiu delinquindo”. “Traição ao voto de confiança dado a ele pela Justiça.”
Tensão O secretário-executivo do Ministério da Justiça, José Levi, tem dito a aliados que deve deixar o órgão.
Ventos e velas O presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, disse a Temer que apoia a posição do Mercosul a respeito do ditador venezuelano, Nicolás Maduro. A União Europeia, afirmou, seguirá a mesma linha.
No limite Os principais articuladores da reforma política na Câmara querem, agora, aprovar primeiro o projeto que recria a cláusula de barreira e acaba com as coligações proporcionais. Com isso, vão pressionar os partidos menores a chegar a um consenso sobre alterações no sistema eleitoral para 2018.
Sarrafo alto Uma das hipóteses é apresentar emenda que amplie o percentual de votos que deve ser alcançado para que uma sigla possa acessar o fundo partidário. Hoje, a previsão é de 1,5%. Pode subir para 2,5%.
Tenta outra vez O PMDB voltou a sondar dissidentes do PSB sobre eventual migração para o partido. O ministro Fernando Bezerra Coelho Filho (Minas e Energia) e seu pai, senador Fernando Bezerra (PE), são os alvos da vez.
Não no meu quintal No primeiro aceno, o assédio do PMDB a socialistas estremeceu as relações com o DEM, que também atua para atrair os dissidentes do PSB. Desta vez, houve repercussão interna. O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) não gostou da movimentação.
Pelo bolso O Senado vai punir os terceirizados que faltarem ao trabalho em dias de greve de transporte público, como a que houve na segunda-feira (28). A Casa não vai pagar o dia de trabalho a quem não tiver banco de horas para cobrir a ausência.
Articulado A maioria dos governadores do PSDB promete apoiar Marconi Perillo (GO) para a presidência da sigla, em dezembro.
Visita à Folha Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo e do programa Cidades Sustentáveis, visitou a Folha nesta quarta-feira (30). Estava acompanhado de Luanda Nera, coordenadora de comunicação da Rede Nossa São Paulo.

Acabou-se o que era doce

Sem apoio do BNDES, Cemig planeja recorrer à Justiça para manter usinas 
MARIANA CARNEIRO/JULIO WIZIACK - FSP
Em reunião no Ministério do Planejamento, os executivos da estatal mineira informaram que a negociação com o BNDES não prosperou, pois o banco apresentou entraves jurídicos à concessão do empréstimo. Sem a ajuda do banco estatal, é mais difícil a Cemig conseguir evitar a perda das usinas.
A companhia de energia mineira tenta o empréstimo para pagar a União pelas usinas de Jaguara, São Simão e Miranda, previstas para irem a leilão no dia 27 de setembro. O leilão foi suspendo pela Justiça Federal. A AGU recorreu e aguarda decisão.
O governo calcula arrecadar R$ 11 bilhões com a privatização de quatro usinas que eram da Cemig —as três acima e Volta Grande.
A receita é importante para alcançar a meta de deficit orçamentário de R$ 159 bilhões neste ano. E ficou ainda mais relevante num momento em que o Congresso resiste em aprovar o Refis, programa de refinanciamento de dívidas tributárias.
Se as duas receitas fracassarem, a avaliação de integrantes da equipe econômica é que ficará difícil cumprir a meta deste ano.
Na conversa desta quarta, os executivos da Cemig voltaram a dizer que aceitam entregar a usina de Volta Grande, avaliada em R$ 1,3 bilhão.
Dos R$ 9,7 bilhões que faltam, R$ 2,2 bilhões seriam pagos com recebíveis de 15 grandes clientes que firmaram uma carta se comprometendo a comprar energia. Outros R$ 2,8 bilhões seriam pagos com recursos próprios, parte com uma eventual operação de aumento de capital.
Faltariam, portanto, R$ 4,7 bilhões, que a empresa tentou viabilizar com o empréstimo do BNDES.
Um empréstimo privado, segundo a equipe econômica, não sairia antes da data do leilão, pois demandaria análise mais demorada. Além disso, a Cemig já tem elevado endividamento e não teria garantias a oferecer.
Uma nova solução foi apresentada ao governo nesta quarta e poderia envolver a Vale, na associação que a mineradora tem com a Cemig na geradora de energia Aliança.
A sociedade participaria do leilão e se responsabilizaria pelo pagamento, o que faria a Cemig dividir custos com a Vale. Mas a operação precisaria de um sinal verde de órgãos de controle, como os tribunais de contas federal e estadual, o que foi visto pelo governo como um imbróglio jurídico de difícil solução.
Os integrantes da equipe econômica consideraram que a Cemig não tem os recursos para pagar pela concessão das três usinas, mas deram mais tempo para a empresa tentar fechar a operação. Nova reunião foi marcada para a próxima semana.
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) afirma que o leilão seria um "tiro no pé" do governo. A disputa jurídica que o impasse vai provocar e a insatisfação dos mineiros, que prometem ocupar as usinas, tendem a afugentar investidores, segundo ele.
"Haverá guerrilha social e guerrilha jurídica", disse. "E poderá ter consequências políticas." Anastasia afirma que os 53 parlamentares mineiros estão unidos e cobrarão uma solução do governo federal.
Funaro confirma que recebeu dinheiro de Joesley Batista para ficar em silêncio
Informação deve robustecer a segunda denúncia da PGR contra Michel Temer 


Temer é investigado por obstrução de Justiça e envolvimento em organização criminosa. Num dos trechos de uma conversa que teve com Temer, na noite de 3 de março, no Palácio do Jaburu, Batista descreveu uma série de crimes que teria cometido. Num determinado momento disse, de forma cifrada, que vinha fazendo pagamentos regulares a Funaro e ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que até ser preso era um dos principais aliados de Temer. Em depoimentos da delação premiada, Joesley e o executivo Ricardo Saud, também da JBS, disseram que os pagamentos eram para comprar o silêncio de Funaro e Cunha, uma forma de proteger o presidente e alguns auxiliares.
(((OUÇA OS NOVOS TRECHOS DO ÁUDIO, ANTES INAUDÍVEIS, REVELADOS PELA PF)))
Num depoimento à Polícia Federal (PF) no mês passado, antes de fazer acordo de delação, Funaro confirmou os pagamentos, mas disse que se tratavam da quitação de uma dívida antiga. Ele teria dinheiro a receber de Joesley porque intermediou negócios da JBS. Investigadores não acreditaram na explicação, que se chocava com a versão do empresário. Depois de decidir colaborar com a investigação, o operador revisou declarações anteriores e ratificou a narrativa do dono da JBS. Funaro estaria sem alternativa. Isso porque a irmã dele, Roberta Funaro, chegou a ser presa em 18 de maio depois de receber R$ 400 mil de Saud dentro de um táxi.
Parte da transação foi filmada em ação controlada conduzida pela Polícia Federal com ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Para investigadores, não fazia sentido Roberta ter sido escalada para receber dinheiro de forma clandestina se os pagamentos fossem de ordem legal. Confrontado com os fatos, Funaro, já em colaboração com a investigação, confirmou que, de fato, os pagamentos eram uma forma de mantê-lo em silêncio. Isso explica também a preocupação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o segundo homem mais forte da primeira fase do governo Temer, com uma possível delação do operador.
GEDDEL ‘SONDANDO’
Em depoimento à Polícia Federal, Funaro relatou que Geddel telefonou diversas vezes para a mulher dele no fim do primeiro semestre deste ano. O ex-ministro estaria "sondando" a disposição dele em partir para uma delação. Esta e outras revelações acabaram levando a decretação da prisão de Geddel pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Geddel seria um dos interlocutores de Temer junto a Joesley Batista. Ele teria sido substituído no papel pelo ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, conforme acerto registrado na conversa entre Temer e Batista em de março, no Jaburu, encontro ocorrido à noite e fora da agenda oficial do presidente.
Na conversa Joesley disse que precisava de um novo interlocutor. Temer sugere que ele procure Rocha Loures. Batista pergunta se pode tratar de tudo com o ex-assessor especial do presidente. Temer responde "tudo".
Semanas depois, Loures foi gravado negociando cargos e decisões estratégicas do governo e, em seguida, recebendo uma mala com R$ 500 mil de Ricardo Saud. Loures, que passou um mês preso, devolveu o dinheiro. Primeiro entregou a mala com R$ 465 mil. Depois depositou em juízo R$ 35 mil. A Procuradoria-Geral suspeita que os R$ 35 mil seria a comissão de 7% que ele teria recebido para intermediar a propina endereçada, conforme Saud, a Temer.
DENÚNCIA BARRADA
A suposta propina está no centro da denúncia em que Temer é acusado de corrupção passiva. A denúncia foi barrada pelos aliados do presidente na Câmara no dia 2 deste mês e só pode ser retomada depois que Temer deixar o cargo de presidente. Agora, Janot e equipe avançam nas investigações sobre obstrução de Justiça, a compra do silêncio de Funaro e Cunha, e organização criminosa. É a partir dessa investigação que o procurador-geral deverá fazer a segunda denúncia contra o presidente. A expectativa é que isso ocorra até sexta-feira da próxima semana. Janot deixa o cargo de procurador-geral em 18 de setembro.
Galeão deve virar hub entre América do Sul e China
Juliana Braga - O Globo
Genilson Araújo
A HNA, empresa que comprou a fatia da Odebrecht na concessão do Galeão, quer transformar o aeroporto em um hub de integração entre a América do Sul e a China.
O presidente do grupo, Chen Feng, prevê uma rota Rio - Lisboa - Pequim. Ele anunciou a intenção em conversa privada de meia hora com Michel Temer, assim que o presidente desembarcou em Pequim.
Chen Feng declarou também disposição em comprar aviões da Embraer. Ressalte-se que da intenção à concretização o passo é gigantesco.
BNDES entra na Justiça contra os irmãos Batista
Lauro Jardim - O Globo
Paulo Whitaker
Depois de perder na segunda-feira na CVM um round de sua briga contra os irmãos Batista, o BNDES voltou ao ringue contra Joesley e Wesley.
O banco entrou hoje na 8ª Vara da Justiça Federal de São Paulo com uma ação cautelar com o mesmo pedido feito à CVM: que os Batista sejam impedidos de votar na assembleia de amanhã da JBS.
O objetivo final do BNDES é tirar Weley Batista da presidência da empresa.
Alerj concede bolsa a ex-mulher de Cabral
Juliana Braga - O Globo
Urbano Erbiste
O Diário Oficial da Alerj publicou hoje a concessão de bolsa reforço escolar, no valor de R$ 1.136,53, a ex-mulher de Sérgio Cabral, Susana Neves Cabral.
Susana é funcionária comissionada da Alerj, lotada na presidência da Casa.
O pedido foi feito no dia 03 de agosto e, de acordo com funcionários que conhecem as burocracias da Alerj, andou em tempo recorde.
Em janeiro deste ano, Susana foi conduzida coercitivamente para depor na Operação Eficiência, desdobramento da Calicute. Ela é investigada por suposta lavagem de dinheiro do esquema montado por Cabral. Ela nega.
A CARAVANA DO FARSANTE
Ênio Meneghetti
  Muito vem sendo comentado sobre a caravana de Lula pelo Nordeste. Já apareceu em Alagoas com Renan Calheiros e o filho governador e seguiu seu périplo pela região.
               Vem sendo apresentados vídeos na internet como sendo de sua caravana que impressionam pela baixa afluência de público. Em um deles, filmado amadoristicamente por um popular, a caravana aparece em uma avenida, separada do cinegrafista por cem metros de terreno baldio cercado com arame. Na caravana, veem-se algumas carroças, um jegue, umas poucas motos e meia dúzia de carros seguindo o ônibus.
               A pessoa que está filmando do telhado de uma casa modesta, em dado momento desvia a câmera e mostra uma mulher vestida com simplicidade, de chinelos, às gargalhadas para o cinegrafista, enquanto aponta a minguada caravana. O cinegrafista exclama, com acentuado sotaque nordestino: – Acabô! Acabô! – ante o fraco cortejo que não conseguiu arrastar quase ninguém para receber Lula.
                Noutro vídeo, aparece o interior do ônibus de Lula chegando em outra cidade. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, está fazendo pelo celular uma transmissão ao vivo da chegada. Populares cercam o ônibus para ver Lula. O motorista pergunta:
                – O presidente vai sair?
                Lula faz menção de descer, mas recua. Irritado, responde em alto e bom som:
                – Nesta porcaria aí não! – O assessor, visivelmente intimidado, intervém:
                – A polícia federal tá… A polícia federal tá aí… – referindo-se a escolta que os acompanhava. Furioso, Lula passa uma carraspana repleta de palavrões no assessor, que estava gravando tudo com o celular. Resmunga, furioso:
                 – Eu queria ver você ter sensibilidade de ver a cara do povo de uma cidade que você não conhece e ter que encarar …- Quando repara que o assessor está gravando, irrita-se mais ainda e diz: – Você está aí na porra desse celular fazendo o que ?? Ah, ‘caraio’!!!
                 Enquanto isso, Gleise Hoffmann, que continuava fazendo sua transmissão ao vivo, tenta disfarçar mas atrapalha-se:
                 – O presidente … uma pessoa tava aqui, tentando mostrá… lá embaixo, …O pessoal ‘tava’ aqui esperando na entrada da cidade… – guagueja Grace em sua transmissão. Ouve-se Lula ao fundo, ainda resmungando:
                 – Não é possível, um povo insuportável, chato desse… Olha aí… o tanto de vagabundo… Dá uma olhada aí nesse povo aí dessa cidade… – Acha aí um… um véio nessa cidade, tira uma foto pra saí lá (nas redes sociais) e pronto.
                  Isso é fato. O vídeo é real e está disponível na internet. Um vexame.
                  Gleise continuava tentando sair de sua transmissão:
                 – Muita emoção, gente! Chegá aqui e vê o pessoal andando… andando a cidade inteira prá ver o presidente Lula. Muito legal isso! Muito bom! – diz ele, visivelmente embaraçada.
                  Patético. Seria risível se não fosse trágico. Mas isso não é nada, para quem já roubou até os aplausos de Kofi Annan em uma Assembleia da ONU.
                  Lula será sempre uma farsa.
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Falta mais do que dinheiro
As leis, a mentalidade política e a cultura nacional querem do Estado muito mais do que ele pode fornecer 
Carlos Alberto Sardenberg - O Globo
A história das contas do governo federal tem o seguinte enredo:
— por norma constitucional, a despesa de um ano tem que ser igual à despesa do ano anterior mais a inflação;
— na vida real, e por determinação também constitucional, as despesas com previdência, pessoal e benefícios crescem bem acima da inflação todos os anos;
— logo, para que a despesa total permaneça estável, é preciso cortar os gastos com custeio e investimento;
— logo, falta dinheiro para o governo tocar os serviços públicos de educação, saúde, segurança etc.
Claro que a primeira resposta para essa situação está na reforma previdenciária, de longe o maior gasto e o maior déficit, que cresce todos os anos.
Mas ainda que se faça essa reforma, o que é muito difícil, não vai sobrar dinheiro para o resto do Orçamento. Primeiro, porque o gasto previdenciário já atingiu um nível muito elevado — mais de 50% do total das despesas. Nenhuma reforma reduzirá esse gasto. Poderá apenas, sendo bem-sucedida, diminuir a velocidade de expansão do déficit.
Logo, continuará muito apertado o orçamento de todas as demais áreas do governo. O que nos leva à necessidade de outras duas reformas, uma para conter a folha de salários do funcionalismo, outra para reduzir o generoso pagamento de benefícios diretos.
Mas, de novo, esses gastos já atingiram níveis elevados. Também não podem ser reduzidos, mas apenas contida sua expansão.
E mesmo que se consiga isso — reparem, já são três reformas muito difíceis — não vai sobrar dinheiro para o setor público naquela que é sua função principal, a de prestar serviço aos cidadãos.
A razão é óbvia — ou deveria ser. E é a seguinte: as leis, a mentalidade política e a cultura nacional querem do Estado muito mais do que ele pode fornecer.
Como se financia o Estado? Com impostos e com a tomada de empréstimo. Já fizemos isso. A carga tributária é muito elevada, não cabe no bolso dos contribuintes. E a dívida pública cresce todos os anos, aproximando-se perigosamente do nível em que será insustentável. O governo tem ainda uma última arma — destruidora — que é emitir dinheiro. Resolve por um instante e gera uma baita inflação.
Tudo isso para tentar mostrar que é preciso reduzir o tamanho do Estado.
Está uma choradeira em tudo que é repartição pública. Compreensível. Está sempre faltando alguma coisa, de gasolina para a polícia a rancho para os soldados. Reação automática do pessoal: pedir mais dinheiro para Brasília.
Tem uma turma que vai ao limite do ridículo: é contra as reformas, contra mais impostos e a favor do aumento de gastos e investimentos. A dívida pública? Não tem problema, é só deixar de pagar aos especuladores, alegam.
Mas mesmo tirante essa turma, fica muita gente bem intencionada que não percebeu a raiz do problema: o Estado terá que fazer mais com menos, prestar menos serviços para menos pessoas e, finalmente, buscar recursos no setor privado.
Vamos falar francamente: não faz sentido dar universidade de graça para quem pode pagar. Idem para o atendimento médico.
Diz a Constituição que todo brasileiro tem direito a ser atendido de graça e com o melhor tratamento disponível. Não tem dinheiro para isso. Logo, é preciso fazer uma fila e definir quem pode e quem não pode receber este ou aquele tratamento.
Dizem: isso é uma violação do princípio do atendimento universal. Mas esse princípio é violado todos os dias e da maneira mais selvagem: fila no pronto-socorro, gente morrendo no corredor do hospital ou aguardando meses para o tratamento de um câncer.
A lei não organiza a fila. Fica por conta do coitado do plantonista da emergência.
Não faz sentido que as universidades e os centros de pesquisa não vendam serviços para empresas e outras instituições privadas. As universidades aqui não conseguem nem receber doações. Já em países onde estão algumas das melhores escolas do mundo, as universidades vivem basicamente de doações e venda de serviços. Incluindo a cobrança de anuidades, combinando com o fornecimento de bolsas.
Desculpem se estamos piorando o cenário, mas é isso mesmo. Não bastarão as reformas da Previdência e do funcionalismo. Precisamos de um mudança cultural: entender que o Estado brasileiro atual não cabe no país. Tem que ser menor e melhor.
Um modelo sem sentido na Amazônia
As maiores empresas são as que usam tecnologia, informação, inteligência, comunicação, serviços. Será que nosso plano estratégico a longo prazo será anacrônico?
Leonal Kaz - O Globo
Um homem e um país podem cometer suicídio? Podem. No mesmo dia do suicídio de Vargas, 24 de agosto, o Diário Oficial da União publicou decreto do Executivo extinguindo, na Amazônia, a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), criada em 1984 pelo presidente Figueiredo. A área de 47 mil quilômetros quadrados tem o tamanho do Espírito Santo ou mais de duas vezes o tamanho de Israel.
A primeira pergunta que se impõe é: pode uma canetada tudo exinguir? Não deveria, previamente, ter ocorrido a oitiva de órgãos ambientais? Amanhã haverá outro decreto extinguindo a estátua do Cristo Redentor ou a Catedral de Brasília? A lógica não deixa de ser a mesma, embora este decreto tenha sua origem na Lei 12.278, de 2012, do governo Dilma, que “dispõe sobre alterações nos limites dos parques nacionais da Amazônia (…) e dá outras providências”.
Noves fora o abrupto do decreto, cabe perguntar: é este o modelo econômico e social de país que ainda se pretende? Aquele mesmo do extrativismo do tempo das capitanias hereditárias e do Ciclo do Ouro, aí pelos idos do século XVIII?
Na década de 1950, aprendia-se na escola primária que os animais eram divididos em úteis e nocivos, segundo a ótica vigente da exploração econômica predatória. Eram tempos da era JK, que tinha como sua máxima “o progresso a qualquer preço”. Lembro-me sempre do símbolo de seu governo: a cena do presidente derrubando com um trator a maior seringueira da estrada Belém-Brasília, que então se construía; em seguida, JK caminhava sobre o imenso tronco que jazia sobre a terra.
Como o Brasil é um país fundado todo dia de novo pela manhã, não é surpresa encontrar no Diário Oficial um decreto que preserva e, dia seguinte, outro que o extingue. Em 1980, houve no bairro do Jardim Botânico uma luta pela preservação da figueira da Rua Faro, que tinha mais de 350 anos. O presidente do então Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (atual Ibama) a preservou por sua “magnitude, porte e rara beleza”. Foi demitido; o que veio a seguir extinguiu a portaria. A árvore ainda está lá, graças à ação pública ajuizada que fez o procurador Samuel Buzaglo restaurar a portaria original com sua tese de que “a manutenção da figueira envolve um interesse geral e assim é óbvio que há de prevalecer sobre o interesse individual”.
Agora, dá-se o mesmo. O recente episódio da destruição do Rio Doce já deveria bastar como sinal vermelho de que homens, bichos, plantas, territórios (enfim, o que constitui um país) podem ser dizimados pela lógica voraz do interesse individual. Mas a grande pergunta é esta mesma: pode o Brasil se dar ao luxo de correr o risco de dizimar uma área desta importância para a botânica, a pesquisa farmacêutica, a indústria do turismo e outras explorações não predatórias, em troca de algum minério que enriquecerá precariamente os cofres do Tesouro Nacional?
Sim, poderia até fazer algum sentido tal lógica nos anos 1950, quando as indústrias extrativas de minérios, a começar pelas petrolíferas, eram as maiores do mundo. Hoje, tudo isto está sumindo. As maiores empresas são as que usam tecnologia, informação, inteligência, comunicação, serviços. Será que nosso plano estratégico de desenvolvimento a longo prazo será este mesmo: anacrônico? Será que não há meio de construir um país que não seja sobre coisas destroçadas? Homens destroçados? Florestas destroçadas?
Como me disse uma amiga: “É como o maluco que mata a mãe para, com o dinheirinho da herança, sair por aí comprando bolsa Chanel.” A Amazônia é nossa mãe, nosso seio fértil, o que nos alimenta de oxigênio e vida. Estamos nos suicidando em nossa História.
A tolice do cobre
FSP
O governo de Michel Temer (PMDB), em seu afã de fabricar boas novas para estimular a economia, cometeu erros primários na extinção da Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca). Como dividendos, colheu apenas uma enorme —e exagerada— reação negativa na opinião pública.
Com a ajuda de celebridades, espalhou-se o rastilho de indignação com o suposto "leilão" da Amazônia para a iniciativa privada. Um juiz federal se apressou a suspender o decreto presidencial, nesta quarta-feira (30), por entender que faltou ouvir o Congresso.
O Planalto se viu acusado de liberar para destruição uma área preservada de floresta amazônica do tamanho do Espírito Santo.
A Renca nunca foi uma reserva ambiental, mas sim mineral. Criada por decreto em 1984, no período militar, objetivava manter controle estatal sobre depósitos de cobre, tântalo, ouro e outros metais.
Pode ter ajudado a coibir o desmatamento na região, mas não foi tão eficiente: há nela cerca de mil garimpeiros ilegais e 28 pistas de pouso clandestinas, segundo o Ministério de Minas e Energia.
A área coincide com a de nove unidades de conservação (UCs), criadas após a declaração da Renca. O decreto original de Temer ressalvava que prevaleceria a legislação ambiental incidente, mas não cuidou de consultar, antes de baixá-lo, a pasta do Meio Ambiente.
Uma secretaria do ministério havia preparado, em 2016, nota técnica contrária ao fim da Renca, por considerar que estimularia influxo populacional e desmatamento. Só após a onda de protestos o ministro Sarney Filho (PV) foi chamado para ajudar a apagar o incêndio.
O Planalto produziu então outro decreto, explicitando salvaguardas ambientais. O texto esclarece, por exemplo, que por ora não estarão previstas novas atividades de pesquisa e lavra dentro das UCs.
Em termos formais, a extinção não parece tão ameaçadora quanto se alardeou. Seria ingênuo, contudo, considerar inócua a medida.
O governo Temer tem patrocinado vários retrocessos na regulamentação ambiental. Além disso, a crise orçamentária no setor público reduziu sobremaneira sua capacidade de fiscalizar abusos.
O Planalto reincide no equívoco palmar de lançar medidas controversas sobre questões complexas, de afogadilho e sem os devidos esclarecimentos à sociedade.
Tudo no Brasil atual tem que resvalar para o ridículo
Jânio de Freitas - FSP
A entrega da Câmara à presidência do deputado Fufuca parecia fofoca. Não era. Tudo no Brasil atual tem que resvalar para o ridículo. Estão aí alegres e vitoriosos, também, os procuradores da República que descobriram o envio, pelo "rei dos ônibus", de R$ 200 em flores "Para Guiomar e Gilmar", há dois anos.
É o que consideram a prova substanciosa e irrefutável de relações do casal com Barata Filho, preso a quem o ministro do Supremo concedeu recente habeas corpus. Já havia, porém, até fotos do casal apadrinhando o casamento da filha do "rei". Por que mais? Ah, faltava o ridículo.
Para o impedimento de Gilmar Mendes na decisão do habeas, já que ele burlou-o, o documento fotográfico tem eloquência além da necessária. O resto, nessa querela, é cinismo. Mas está posta a discussão sobre o peso da foto para o impedimento, se as flores bastariam para comprovar o grau de relações que o ministro nega, e mais lenga-lengas. O que importa para todos não é discutido.
Há dez dias, a Procuradoria-Geral da República pediu à presidente do Supremo, Cármen Lúcia, a retirada do caso Barata Filho das mãos de Gilmar Mendes, considerando o impedimento por provada proximidade entre os dois. Como de praxe, foi pedida ao ministro a sua manifestação. Para efeitos externos, Gilmar Mendes deu logo a previsível explicação de mero ataque pessoal de Rodrigo Janot. E não impedimento.
Nada de novo. Já em maio, Cármen Lúcia recebeu idêntico pedido da Procuradoria-Geral, provocado por habeas corpus de Gilmar Mendes para Eike Batista. Janot argumentou que Guiomar Mendes é associada ao escritório de um dos advogados de Batista. O ministro negou interferência de sua mulher na defesa. E desde então o assunto ficou imobilizado e silenciado no gabinete de Cármen Lúcia. Se aplicada solução no tempo devido, fosse em um ou outro sentido, todos seríamos poupados do segundo caso que deprecia mais o conceito do Supremo.
Afinal de contas, servem para alguma coisa, ou não, os pedidos e recursos apresentados ao Supremo sobre procedimentos ali verificados ou dali esperados? A presidente do tribunal tem outros ofícios não respondidos e referentes a Gilmar Mendes. Tem mais um, agora. E a expectativa cá fora não a favorece.
Com boa dose de razão, há dois dias a ministra atribuiu-nos incompreensão quanto a atos da magistratura. Pode, então, atenuar sua incompreensão das nossas queixas, começando por dar-nos mais respostas que temos esperado em vão.
PSOL decide retirar mandado de segurança contra decreto de Temer
Juliana Braga - O Globo
Pedro Kirilos
Após a pressão de ambientalistas e parlamentares, o PSOL decidiu retirar o mandado de segurança impetrado na tarde de hoje contra o decreto de Michel Temer que libera a mineração privada na Renca.
O partido escreveu nota para justificar a posição:
- Considerando a concessão de liminares em primeira instância que suspendem os efeitos do referido decreto junto à Justiça Federal e atendendo à solicitação de movimentos sociais que, por ocasião, abriram um diálogo com a bancada, entendemos que a melhor estratégia no presente momento é permitir o andamento das Ações Populares já impetradas.
Como o recurso caiu no gabinete de Gilmar Mendes, houve pressão dos militantes que avaliavam serem grandes as chances de o ministro decidir a favor do governo.
A retirada, no entanto, pode não ser a solução dos problemas. Como já foi distribuído a Gilmar, ele pode decidir analisar o caso mesmo com o recuo do autor da ação.
Já aconteceu em outras ocasiões. Em dezembro de 2015, deputados petistas entraram com mandado de segurança para anular a decisão de Eduardo de Cunha de abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Pediram a retirada horas depois de o processo ser sorteado para Gilmar Mendes.
Na ocasião, Mendes negou o pedido justificando se tratar de "fraude à distribuição processual". Escreveu o ministro em seu despacho:
- Ninguém pode escolher seu juiz de acordo com sua conveniência.